O LÍDER

LÍDER é aquele que determina " OS QUES " de uma organização ou país .

Quando um país ou organização não tem quem determine os seus " QUES ", não tem líder ...mas pode ter um bom GESTOR do status !...

O problema é que em tempos de turbulência e mudança, como o actual, não ter quem defina O QUE deve ser feito, mais do que estagnar é retroceder ! ...

O CARACTER DE UM LÍDER

O carácter de um líder é a chave para uma boa liderança.
Investigações realizadas pela Universidade de Harvard indicam que 85 % da performace, em liderança, depende do carácter pessoal do líder.

A INTEGRIDADE DE UM LÍDER

Enquanto líder e modelo de referência, numa organização, a INTEGRIDADE duma pessoa pode ser medida pela importância que atribui às consequências, das suas acções, a longo prazo e pela análise que faz da qualidade dos benefício resultantes da sua determinação e empenho .

Paul Meyer


quinta-feira, 31 de maio de 2012

SIMPLIFICAÇÃO versus " CONFUSOPOLIS "

A experiencia da vida ensinou-nos que poucos factos existem, que precisem mais do que uma folha A4, ou 5 minutos,  para serem  apresentados. Contudo passamos o tempo a escrever CV, intervenções, palestras, discursos, relatórios ( não me refiro aos judiciais que,  dizem, ter milhares de páginas ! ), que para além  de conterem dúzias de páginas demoram, por vezes, horas a serem apresentados.
Tenho para mim,  que a causa raiz deste problema assenta em muito  poucas variáveis, das quais destaco: a) o orador não sabe do que fala e/ ou não também não sabe expor o que pretende;  b) o orador sabe muito bem  do que fala  e portanto,  intencionalmente, estende-se para confundir; c) o orador é um egocêntrico,  autocrático, gosta de se ouvir e portanto usa a oportunidade como acto de vaidade, autoridade e status social.

Um Líder Total, conhece bem a importância da comunicação e por isso, quando  comunica, por voz ou por escrito, fá-lo de uma maneira natural, simples, compreensível e durante um período de tempo que não vá para além da capacidade humana de compreensão e concentração, o que naturalmente varia com os hábitos de ouvir e ler   dos receptores da  mensagem .

Os oradores  referidos em b) e c) não têm,  necessariamente,  de ser pessoas    confusas, mas representam, quase sempre, organizações que  de modo deliberado   procuram manipular e  confundir. São as " CONFUSOPLIS ",  que se apresentam ao publico como  "raposas disfarçadas de cordeiros " levando o cidadão distraído a consumir até o que não necessita.
Estruturalmente, estas organizações, caracterizam-se também, por disporem de múltiplos níveis de hierarquias  por serem  mais fáceis de manipular - dividir para reinar !  

Um Líder total, representa organizações que em vez de confundirem ( clientes e fornecedores ), procuram a transparência ( toda a informação para todos )  e a simplicidade,  interna e externamente  à organização.
A nível da estrutura  estas organizações, em regra, caracterizam-se  por uma grande horizontalidade de informação dispondo apenas de 3 a 4 níveis hierárquicos.  

 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

PORTUGAL PRECISA DE LÍDERES

REFLEXÃO - Maio 12

QUESTÃO:


Porque  é Portugal um país económica e socialmente  atrasado, no contexto dos seus parceiros europeus ?    PORQUÊ ?

MINHA REFLEXÃO:

Não acredito  nas histórias que tentam  justificar  o atraso  com argumentos de  latinidade, o calor do sul  e outros  que tais. Todos excelentes para perpetuar  situações em benefício de uma elite  que,  por  não ter como se manter na vertical,  se adapta  a todo e qualquer sistema,   qual massa informe.

Com mais de 70 anos de vida e várias décadas  de  contactos com outros povos, nomeadamente Europeus e Americanos  no percurso de uma carreira  profissional em empresas multinacionais,  temos um saber de  experiencia feito que nos ensinou  que quando  munidos dos mesmos recursos, não temos  de recear a competição.  Pois nunca foram aquelas,  as causas  que encontrei  ou me indicaram, para o nosso atraso,  mas sim e quase sempre, uma enorme falta de competência ( saber fazer ),  nomeadamente nas áreas da educação, técnicas e sociais.

Até Abril de 1974 tudo era justificável  como uma consequência directa do sistema politico do Estado Novo ( ditadura ), em que o país vivia.  Quase 40 anos depois, se é certo que muita coisa mudou,  a verdade é que não se vislumbram sinais de que tenham havido uma mudança na direcção de resolver aqueles  constrangimentos do passado.
Pelo contrário, não só nenhum daqueles constrangimentos foi resolvido, como     muitos outros  surgiram, o mundo não pára,  mas  sobretudo   como consequência da ausência  de uma estratégia  realista  e adequada, de desenvolvimento  para o povo e para o país, que os sucessivos governantes prometem  mas  que,  com uma  desconcertante falta de pudor, nunca cumprem.

Todo o esforço  realizado , para o enriquecimento   do país , através   do desenvolvimento da  industria,  da agricultura, do comércio e dos serviços,   iniciado com os  famosos Planos de Fomento  dos anos 50 do século XX, e continuado,  irregularmente, em  alguns períodos posteriores, parece hoje condenado  ao desaparecimento  ou no mínimo à sua  drástica redução, assumindo-se agora uma necessidade de empobrecimento, com as inevitáveis consequências na falta de empregos !...Estamos doidos ou quê ? ...  

Mas será que esta estagnação ou retrocesso de resultados resultam  da falta de investimento  no desenvolvimento das pessoas ?

Não;  ao longo de toda a nossa história de mais de 800 anos, nunca se deve ter investido tanto na formação das pessoas como nos últimos  30 anos. Milhares de milhões de euros, têm sido canalizados para os mais variados  programas de formação / educação, graças  ao apoio dos restantes países da  União Europeia.
Só que, como  sempre,  pôr dinheiro em cima dos problemas não é resolvê-los e no nosso caso isto é mais que evidente.
É certo que muito do dinheiro investido na formação/ educação, dos portugueses, não resultou no desenvolvimento das pessoas, mas sim no enriquecimento  ilícito de muitos dos seus agentes, conforme notícias dos órgãos de comunicação, mas também é verdade  que graças a esses investimentos  tem havido um aumento significativo  do  conhecimento e dos saberes, sobretudo nas novas gerações.

Se assim é, então porque  estamos hoje,  internacionalmente reconhecidos como incompetentes para  nos administrarmos  e a viver sob  domínio estratégico   de uma Troika   internacional do FMI/ BCE ?

Por uma razão muito simples:

Uma coisa é o SABER  outra bem diferente é o SABER FAZER ! ... e outra ainda é o QUERER FAZER !

Em Portugal, hoje, não falta gente que  saiba,  basta ouvir os políticos,  de qualquer cor,   os comentadores  oficiais ou  não  dos  programas  de TV , ou assistir  às intervenções  nos mais variados Worshops,  Seminários e Conferências,  que diariamente se organizam por todo o país .

O  problema, da nossa falta de resultados  positivos  de crescimento,  geradores de emprego,  riqueza e bem estar  social, não está portanto na ausência   de SABER , mas sim na ausência de  SABER FAZER.
Acredito que  haja  algumas  minorias, que podendo  e sabendo fazer, não o fazem, simplesmente,  porque não querem fazer. Os lobbies a que pertencem    assim o exigem, para poderem perpetuar o seu poder e controlo  sobre o que lhes interessa. Mas também acredito,  que a maioria dos que sabem, não fazem correctamente,  o que deviam  fazer,  simplesmente  porque não tiveram uma prática de aprendizagem  correcta   e um compromisso de fazer bem feito .

OS GAP’s  entre o saber e o fazer:  

As pessoas aprendem, geralmente,  muitos conceitos teóricos, mas não se focam  nos conceitos – chave, que na verdade são poucos,  e assim  não chegam a praticar técnicas  de síntese  e execução. Não actuam no terreno.  Resultado; quando vão fazer não sabem !

Como diria Dilbert: “ São promovidas para os lugares de chefia, por ser aí que menos perturbam as organizações “

A nossa sociedade é diariamente  dominada  pelo pensamento negativo, resultante da crise, também, mas sobretudo  por  modelos de  educação/  formação / informação negativa  e até, em muitos casos,  repressiva. Obviamente que  isto   inibe as pessoas  de  libertarem  o  potencial  positivo e criativo que existe nelas.

“ Ser apanhado a fazer coisas bem feitas estimula a auto confiança   e o   pensamento positivo “   ...Mas,  ao invés, em Portugal faz-se um enorme esforço para apanhar as pessoas a fazerem coisas mal feitas .

É mundialmente reconhecido, há muitos anos,  que o ser humano cresce melhor  com uma mente positiva  e aberta, o que obviamente aguça-lhe   o engenho,  a criatividade  e  origina a criação de oportunidades muito para além das expectativas.  Reconhecer isto  actuar em conformidade não exige mestrados nem doutoramentos !

Na nossa actividade profissional  deparamos frequentemente com mentalidades, atitudes e comportamentos  de pensamento  negativo, o que  para além dos conflitos pessoais que criam, são factores    redutores da produtividade e competitividade nas empresas.     Muitas destes maus  hábitos  resultam, também,  de modelos de organização     fechados,    lideranças    autoritárias e dirigistas,  que inibem os trabalhadores de pensar     de forma   positiva e construtiva .

Em meados do século XX  países como a Noruega e a Suécia,  estavam com problemas muito semelhantes aos nossos  na actualidade.  Um enorme desvio / Gap, entre a democratização  política e social do país  e a organização  das estruturas  empresariais . Bom seriam  que governantes, sindicatos, associações empresariais , universidades e outras instituições,  portuguesas, tivessem em 2012 a capacidade  de reflectir, concluir e implementar  planos semelhantes aos que, iniciados na Noruega e Suécia , em 1960,  com o apoio do Instituto  Tavistock  de Londres, se difundiram, mais ou menos por toda a Europa mas, infelizmente,  sem  qualquer efeito prático em Portugal,  para além de algumas multinacionais, que alguns analistas  gostam de  referir, sem se darem ao trabalho ( porque não sabem fazer ?... ),  de  procurar  as verdadeiras causas do sucesso  e o efeito pedagógico  que  esses exemplos poderiam  ter  na nossa sociedade.

NOTA:
Nos últimos dias, no vocabulário dos políticos e seus comentadores, surgiu  o conflito entre austeridade e  crescimento.  Caros senhores, já vai sendo tempo de saberem que o bem estar dos povos não se faz com palavras, mas com acções !