O LÍDER

LÍDER é aquele que determina " OS QUES " de uma organização ou país .

Quando um país ou organização não tem quem determine os seus " QUES ", não tem líder ...mas pode ter um bom GESTOR do status !...

O problema é que em tempos de turbulência e mudança, como o actual, não ter quem defina O QUE deve ser feito, mais do que estagnar é retroceder ! ...

O CARACTER DE UM LÍDER

O carácter de um líder é a chave para uma boa liderança.
Investigações realizadas pela Universidade de Harvard indicam que 85 % da performace, em liderança, depende do carácter pessoal do líder.

A INTEGRIDADE DE UM LÍDER

Enquanto líder e modelo de referência, numa organização, a INTEGRIDADE duma pessoa pode ser medida pela importância que atribui às consequências, das suas acções, a longo prazo e pela análise que faz da qualidade dos benefício resultantes da sua determinação e empenho .

Paul Meyer


terça-feira, 9 de novembro de 2010

DICAS DE LIDERANÇA - Reflexões

" A IGNORÂNCIA É AUDAZ; A SABEDORIA, RESERVADA "

Tucídides ( cerca de 450 a.C. ), historiador grego

" A ORGANIZAÇÃO consiste em procurar ANTES DO INÍCIO do trabalho os MELHORES MÉTODOS a empregar para atingirmos;
A melhor QUALIDADE
O melhor CUSTO
A maior SATISFAÇÃO DO CLIENTE "

DEFINIÇÕES DE PRODUTIVIDADE:

GLOBAL:
É a razão entre o volume de VOLUME e os FACTORES que nela intervêm.

ESPECÍFICA:
É a relação entre o VOLUME de produção e DETERMINADO FACTOR de produção.
Assim, a PRODUTIVIDADE DO TRABALHO será a relação entre o volume de produção e a DURAÇÃO DO TRABALHO para aquele volume .

IMPORTANTE:
Ao contrário do que muita gente pensa, a Produtividade NÃO É a faculdade de produzir, mas SIM um INSTRUMENTO DE MEDIDA DO PROGRESSO.


" Viver é MUDAR
ser Líder é MUDAR FREQUENTEMENTE "

" Sem o testemunho nem os exemplos das Lideranças como se poderá pedir o empenho das pessoas ? "

" A verdade é um imperativo colocado a todos, é um acto de honestidade, sobretudo ao nível dos centros de decisão dos diversos cargos "

sábado, 31 de julho de 2010

LIDERANÇA POR PRINCÍPIOS

LIDERANÇA POR PRINCÍPIOS

Na nossa definição de Liderança ( entrada de 3 de Fevereiro 10 ) , enfatizámos a importância da relação entre o Líder e os Liderados como condição para alcançarem Metas / Objectivos comuns.
James MacGregor, no seu livro sobre “ Leadership “ definiu Liderança como o conseguir mudanças significativas que representem o interesse colectivo do Líder e dos Liderados “.
Desta introdução podemos concluir que Liderança implica:
1) MUDANÇA - As coisa podem ser diferentes / melhores, do que são na realidade e isto requer ALGUÉM que faça a mudança / ACÇÃO acontecer.

2) TRABALHO EM EQUIPA - Se as Metas / Objectivos a alcançar são comuns, então a sua definição deve ser PARTILHADA , porque só assim podem representar o interesse colectivo do Líder e dos Liderados.

Na sua prática do dia a dia, os Líderes, das várias organizações, esquecem com frequência estas condições, que são afinal a base de qualquer Liderança eficaz: 1) O Líder estabelece a visão; 2) Cria a mudança; 3) Selecciona e desenvolve talentos.
Nos últimos 25 anos, com origem nos EUA, muito se tem dito e escrito sobre estudos e práticas de Liderança .
Como consequência da nossa vida profissional, acompanhámos e ajudámos a implementar muitas das ideias resultantes daqueles estudos, na sua maioria sem resultados duradoiros relevantes, ainda que algumas teorias tivessem um relativo sucesso durante as fases de implementação.
Constrangimentos de natureza cultural e falta de envolvimento continuado, dos liderados, nos desafios das organizações contribuíram para a desmotivação e consequente redução de interesse nos processo de mudança anunciados.
Com o distanciamento que a passagem do tempo permite, relativamente à vivência daquelas experiências e também por uma observação continuada de práticas de liderança e seus resultados, em vários tipos de organizações, concluímos que pode ser muito grande o benefício, sobretudo para pequenas e médias empresas, de uma prática de Liderança com base em PRINCÍPIOS claramente definidos para o Líder e Liderados. Este processo permite que cada um dos protagonistas, na organização, possa ser fortemente exigente relativamente ao compromisso sobre os princípios, que todos assumiram, sem pôr em causa o relacionamento pessoal ( causa permanente de conflitos e desmotivação nas organizações ).
Os Princípios de Liderança a que nos referimos, foram inicialmente apresentados por Carl Larson e Frank Lafasto ( USA ), como resultado de um estudo sobre Liderança, que publicaram em 1989 e que funcionou como uma das referências para o desenvolvimento do modelo de lideranças da Ford Electrónica Portuguesa que arrancou em Agosto daquele ano.
É certo que se trata de um estudo com 20 anos, mas também é certo que durante a primeira década deste novo século, infelizmente, as práticas de gestão / liderança abandonaram muitas das recomendações e práticas que tiveram início em meados da década de 80 do século passado inspiradas no modelo Sócio técnico e que procuravam uma auto-motivação dos colaboradores das organizações através do seu envolvimento em todas as áreas da empresa . “ Todos devem saber tudo “ .
A crise de Liderança, porque na verdade é disto que se trata, que “estoirou “ em 2008 e que diariamente vemos continuada em todos os tipos de organizações ( política, negócios , desporto, etc. ), trouxeram-nos há memória as nossas experiência e a necessidade delas partilhar. Aqui vos deixo um Processo, que não sendo perfeito, foi o melhor que conheci.
São três (3) os grupos em que se divide o Processo de Liderança por Princípios: Exemplos :

1.0 - LÍDER DA EQUIPA

1.1 Evitar comprometer os objectivos / metas da equipa com assuntos políticos
1.2 Demonstrar compromisso pessoal com as metas / objectivos da equipa
1.3 Ser razoável e imparcial com todos os membros da equipa
1.4 Não afectar os esforços da equipa com muitas prioridades
1.5 Ser capaz de enfrentar e resolver os assuntos relacionados com uma performance menos adequada de qualquer membro da equipa
1.6 Ser aberto a novas ideias e informação dos membros da equipa.
1.7 Ser o primeiro responsável pelos resultados da equipa e defender os seus membros de eventuais pressões, exteriores à equipa.

2.0 MEMBROS DA EQUIPA / LIDERADOS

2.1 Demonstrar uma compreensão realista do seu papel e responsabilidades na equipa
2.2 Demonstrar uma atitude objectiva e julgamentos baseados em factos
2.3 Colaborar eficazmente com os outros membros da equipa
2.4 Não sobrepor objectivos pessoais às metas da equipa
2.5 Demonstrar vontade de alcançar os esforços da equipa quaisquer que sejam os esforços necessários.
2.6 Desejar, sem constrangimentos, partilhar informação, ideias e feedback
2.7 Disponibilidade para ajudar outros membros da equipa, quando necessário e apropriado
2.8 Demonstrar um elevado nível de excelência, nos resultados
2.9 Não assumir protagonismos e suportar as decisões da equipa
2.10 Demonstrar coragem e convicção em confrontos sobre assuntos importantes para a equipa
2.11 Demonstrar capacidade de liderança sempre que isso contribua para o sucesso da equipa
2.12 Responder de forma construtiva ao feedback dos elementos da equipa


3.0 TOMADA DE DECISÃO

O terceiro grupo de Princípios de Liderança e o mais importante, foca-se na criação, pelo Líder, de um clima que suporte um correcto processo de TOMADA DE DECISÃO. Isto significa dar aos membros da equipa a confiança para assumirem riscos, fazerem escolhas e contribuírem de forma activa para o sucesso da equipa. Assim:
3.1 Confiar aos membros da equipa um elevado nível de responsabilidades
3.2 Dar aos membros da equipa a autonomia necessária para alcançarem os seus resultados
3.3 Desafiar os membros da equipa com oportunidades que desafiem as suas capacidades individuais
3.4 Reconhecer e recompensar os níveis de performance elevados
3.5 Permanecer na retaguarda da equipa, mas dar-lhe todo o suporte de que precisar


Os Princípios de Liderança a que nos referimos não têm necessariamente que ser decalcados, mas a filosofia e cultura que lhes estão subjacentes são a garantia de RESULTADOS, para as Organizações que neles estejam interessadas e que decidi relembrar num tempo em que tanto se fala em Liderança mas que, na maioria das vezes, para satisfação do Líder e seu amigos e poucas vezes dos Liderados e das Organizações .

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Como se pode fazer um líder

Quando afirmo que ninguém nasce líder, obviamente, estou a referir-me ao desempenho da função de liderança, de elevada performance, em organizações dinâmicas, competitivas ou não, de cultura democrática, com preocupações sociais. Todos sabemos que noutras culturas se passam coisas diferentes.
Mas ao fazer aquela afirmação , também não estou a querer dizer que seja líder quem quer ou possa pagar a sua formação em liderança, por mais elevado que seja o seu nível.
Convém, todavia reconhecer também, que todos nós , em algum momento das nossas vidas, exercemos a função de liderança, no emprego, na família, no clube ou em qualquer outra actividade. A questão, importante, é saber-se com que nível de desempenho executamos essa liderança.

É certo que um bom líder deve possuir e dominar um grande número de competências próprias da função e que as pode adquirir através de um plano de desenvolvimento em liderança devidamente estruturado e acompanhado por um mentor ou um “coach “, que facilite o futuro líder na aquisição de conhecimentos e também o acompanhamento ( durante determinado período ), no exercício da prática na função.

Tudo isto é importante . Mas um “líder” que fique por aqui, na maioria dos casos e na melhor da hipóteses, não passará de um gestor, que sendo bom, não é o que procuramos !

Para o desempenho da função de liderança, procuramos mais do que competência técnica, para o desempenho da função.
Existem características, nas pessoas, que ninguém pode ensinar. Exemplos: alguém consegue ensinar uma atitude de motivação ? onde se ensina entusiasmo ? e criatividade ? Estas e outras qualidades, determinam o carácter e a personalidade de um indivíduo. Fazem parte do seu ADN.
Isoladamente , estas características também não determinam um bom líder( quando muito um bom “carola“), mas em conjunto com um adequado plano de desenvolvimento são determinantes para PODEREM FAZER UM BOM LÍDER .

Concluímos assim, que um BOM LÍDER resultará sempre do desenvolvimento de dois grupos de variáveis ; As características próprias do indivíduo e o desenvolvimento contínuo da sua formação adequada ao desempenho. O resultado serão líderes íntegros, responsáveis e respeitáveis, com espírito de serviço e prontos a assumirem as consequências pelos resultados das equipas que lideram. E que se impõem aos liderados pelo exemplo das sua atitudes.

Líder é aquele ou aquela, que sabendo interpretar causas / ideias e pretensões ou ambições, combina de forma eficaz a acção com a reflexão, trabalha com a sua equipa, na identificação de metas / objectivos e recursos, acompanhando e ajudando de forma continuada nos resultados, para um contínuo benefício da sua organização, numa relação de total confiança mútua.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LÍDERES

Do que ficou dito nas entradas anteriores, sobre liderança e sobretudo da reflexão que a sábia lição de Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, nos veio trazer, podemos concluir que a Liderança é a relação entre o Líder e os seu colaboradores/ subordinados, a forma como ambicionam, procuram e se esforçam, em conjunto ( equipa ), para alcançarem uma visão partilhada e realizarem as acções, necessárias para o sucesso das metas / objectivos que pretendem alcançar.

Assim, torna-se claro que os resultados da acção de liderança, se por um lado aparecem directamente relacionados com o FAZER , por outro têm a ver com o SER . Isto é, com o carácter, com a honestidade, com a credibilidade, com a confiança que o líder inspira.
De facto, Lider é aquele ou aquela que sabendo interpretar causas / ideias e pretensões / ambições, combina de forma eficaz a acção com a reflexão, trabalha com a sua equipa, na identificação de metas / objectivos e recursos, acompanhando e ajudando de forma continuada nos resultados, para um contínuo benefício da sua organização, numa relação de total confiança .

Coloca-se então a velha questão de saber quem são os líderes.
Será que se nasce líder ?
A avaliar, pelo que lemos, e pelo que diariamente ouvimos, parece que a maioria das pessoas, que intervêm sobre estas questões , pensam que os líderes nascem, algures por aí e até talvez um dia, com um pouco mais de marketing, possam aparecer à venda nos supermercado ! Não fazemos partes desse grupo !

Reconhecemos, através da nossa experiência de vida que existem pessoas bastante mais propensas para liderar que outras, mas daí a concluirmos que são bons líderes vai uma grande distância. Os BONS LÍDERES fazem-se e nunca estão completos !

Tempos houve, em que poder das elites, a abundância de recursos e a ambição de poder, fizeram parecer que os líderes eram uns seres especiais que apareciam com alguma raridade e que, portanto quando apareciam teriam de ser conservados nos seus pedestais . Hoje, conhecem-se bem os resultados dessas lideranças. Aliás elas ainda por aí andam e não faltam candidatos, para as suas renovações.
Os líderes e as lideranças de que queremos tratar nada tem a ver com essas culturas.
Queremos falar de líderes e lideranças para Portugal, país incluído num espaço geográfico que cultiva uma filosofia de vida humanista e uma economia de mercado competitiva.

Nesta região do planeta há muito tempo que começou a ser abandonada a ideia de que os líderes são uns seres especiais dotados por natureza, ainda que, no nosso país, muitos teimem em não querer ver essa realidade a verdade é que são cada vez mais aqueles que já entenderam, também nesta área, que há hoje um novo paradigma sobre líderes e lideranças, que convém desenvolver e apoiar.

Na realidade os LÍDERES de que queremos falar, FAZEM-SE e fazem-se através de um processo, contínuo de desenvolvimento de competências técnicas e sociais aproveitando, obviamente, os talentos e capacidades naturais de liderança dos candidatos.


Numa próxima entrada, no blog, iremos referir-nos ao processo de como se pode fazer um LÍDER !

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Liderança é isto ...e não tem côr !

Sem comentários. Qual de nós avançaria? Todos, de certeza!

Leiam o texto primeiro e depois vejam o vídeo.


Nos tempos que correm, tão simples. Liderança é isto!

A menina, de 13 anos, ganhou um prémio e foi cantar o hino dos EUA,num jogo da NBA.

Vinte mil pessoas no estádio. Ela afinada e compenetrada. De repente o braço tremeu, engasgou -se, esqueceu-se da letra... e TEVE UMA BRANCA!!!

Treze anos, sozinha, ali no meio. e o público ameaça uma VAIA. De repente,Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a e trazendo o público.

Só o técnico tomou a iniciativa de ir até lá para ajudar, enquanto à volta dela se começava a ensaiar a vaia.

Mo Cheeks, mostra o que é LIDERANÇA como uma atitude de apoio, NA HORA CERTA, pode fazer uma grande diferença, para ajudarmos e mudar a história do JOGO da vida.



AGORA VEJAM O FILME... e não esqueçam a lição !




domingo, 31 de janeiro de 2010

INTRODUÇÃO

O tema Liderança tem sido, estou bem certo disso, um dos mais atractivos e motivadores da minha vida, quer a nível pessoal quer profissional. Primeiro porque muito cedo, aos 12 anos de idade, fui confrontado com a situação de aprender a viver sozinho, depois porque aos 16 fizeram de mim um Monitor de 30 colegas de colégio, para aos 26 anos ser convidado para a função de director de uma fábrica, com cerca de 600 pessoas.

Em todas aquelas experiências, tão extraordinárias, como surpreendentes, mas muito enriquecedoras, aprendi essencialmente com os erros que fui cometendo, com a dedicação de muitos dos meus colaboradores, com a reflexão sobre os erros, sua consequências e acções para os evitar. A principal conclusão a que cheguei, validada até aos dias de hoje, é de que uma boa Liderança não é uma questão de força, mas de inteligência.

Assim e graças às oportunidades que me foram sendo proporcionadas por empresas Americanas, onde trabalhei, entre 1972 e 1997, no desempenho de diversas funções de Direcção e Consultoria , fui consolidando a ideia de que para além das múltiplas definições que aparecem nas dezenas / milhares (?) de livros sobre estes assuntos, a Liderança pode resumir-se a; uma relação entre o Líder e os seguidores (liderados ), da forma como ambicionam, procuram e se esforçam, em conjunto ( equipa ), para alcançarem uma visão / acção partilhada.

Não é bom Líder quem quer, em tão pouco se nasce um Bom Líder.
Uma boa Liderança, enquanto acção do Líder, também não se esgota com a obtenção de qualquer grau académico. Ela será sempre o resultado de um trabalho árduo e inteligente, na busca das melhores soluções para levar outras pessoas a surpreenderem-se , pela positiva, com a dimensão dos resultados que conseguem atingir graças ao elevado nível de auto motivação que desenvolvem, numa procura contínua de melhoria de processos e métodos.

O sucesso de um bom Líder é o sucesso, nos resultados, dos seus liderados e não o seu enriquecimento pessoal !

Entre as diversas características / qualidades, dos Líderes, que podemos vir a desenvolver, no futuro, hoje, quero deixar a ideia de que actualmente e nos mais variados locais da Terra, existe um enorme consenso, entre as pessoas com experiências positivas em Liderança, de que um bom Líder tem de ser alguém capaz de desenvolver uma Visão clara, sobre as Metas que pretende atingir, devidamente suportada por Valores e Princípios Éticos que o auto-motivem a alcançar os seus propósitos, e capaz de partilhar essa Visão, Valores e Princípios com os seus liderados. O Líder tem dar o exemplo de estar na frente, em tudo o que pretende dos outros !