A experiencia da vida ensinou-nos que poucos factos existem, que precisem mais do que uma folha A4, ou 5 minutos, para serem apresentados. Contudo passamos o tempo a escrever CV, intervenções, palestras, discursos, relatórios ( não me refiro aos judiciais que, dizem, ter milhares de páginas ! ), que para além de conterem dúzias de páginas demoram, por vezes, horas a serem apresentados.
Tenho para mim, que a causa raiz deste problema assenta em muito poucas variáveis, das quais destaco: a) o orador não sabe do que fala e/ ou não também não sabe expor o que pretende; b) o orador sabe muito bem do que fala e portanto, intencionalmente, estende-se para confundir; c) o orador é um egocêntrico, autocrático, gosta de se ouvir e portanto usa a oportunidade como acto de vaidade, autoridade e status social.
Um Líder Total, conhece bem a importância da comunicação e por isso, quando comunica, por voz ou por escrito, fá-lo de uma maneira natural, simples, compreensível e durante um período de tempo que não vá para além da capacidade humana de compreensão e concentração, o que naturalmente varia com os hábitos de ouvir e ler dos receptores da mensagem .
Os oradores referidos em b) e c) não têm, necessariamente, de ser pessoas confusas, mas representam, quase sempre, organizações que de modo deliberado procuram manipular e confundir. São as " CONFUSOPLIS ", que se apresentam ao publico como "raposas disfarçadas de cordeiros " levando o cidadão distraído a consumir até o que não necessita.
Estruturalmente, estas organizações, caracterizam-se também, por disporem de múltiplos níveis de hierarquias por serem mais fáceis de manipular - dividir para reinar !
Um Líder total, representa organizações que em vez de confundirem ( clientes e fornecedores ), procuram a transparência ( toda a informação para todos ) e a simplicidade, interna e externamente à organização.
A nível da estrutura estas organizações, em regra, caracterizam-se por uma grande horizontalidade de informação dispondo apenas de 3 a 4 níveis hierárquicos.
O LÍDER
LÍDER é aquele que determina " OS QUES " de uma organização ou país .
Quando um país ou organização não tem quem determine os seus " QUES ", não tem líder ...mas pode ter um bom GESTOR do status !...
O problema é que em tempos de turbulência e mudança, como o actual, não ter quem defina O QUE deve ser feito, mais do que estagnar é retroceder ! ...
O CARACTER DE UM LÍDER
O carácter de um líder é a chave para uma boa liderança.
Investigações realizadas pela Universidade de Harvard indicam que 85 % da performace, em liderança, depende do carácter pessoal do líder.
Investigações realizadas pela Universidade de Harvard indicam que 85 % da performace, em liderança, depende do carácter pessoal do líder.
A INTEGRIDADE DE UM LÍDER
Enquanto líder e modelo de referência, numa organização, a INTEGRIDADE duma pessoa pode ser medida pela importância que atribui às consequências, das suas acções, a longo prazo e pela análise que faz da qualidade dos benefício resultantes da sua determinação e empenho .
Paul Meyer
Paul Meyer
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
PORTUGAL PRECISA DE LÍDERES
REFLEXÃO - Maio 12
QUESTÃO:
Porque é Portugal um país económica e socialmente atrasado, no contexto dos seus parceiros europeus ? PORQUÊ ?
MINHA REFLEXÃO:
Não acredito nas histórias que tentam justificar o atraso com argumentos de latinidade, o calor do sul e outros que tais. Todos excelentes para perpetuar situações em benefício de uma elite que, por não ter como se manter na vertical, se adapta a todo e qualquer sistema, qual massa informe.
Com mais de 70 anos de vida e várias décadas de contactos com outros povos, nomeadamente Europeus e Americanos no percurso de uma carreira profissional em empresas multinacionais, temos um saber de experiencia feito que nos ensinou que quando munidos dos mesmos recursos, não temos de recear a competição. Pois nunca foram aquelas, as causas que encontrei ou me indicaram, para o nosso atraso, mas sim e quase sempre, uma enorme falta de competência ( saber fazer ), nomeadamente nas áreas da educação, técnicas e sociais.
Até Abril de 1974 tudo era justificável como uma consequência directa do sistema politico do Estado Novo ( ditadura ), em que o país vivia. Quase 40 anos depois, se é certo que muita coisa mudou, a verdade é que não se vislumbram sinais de que tenham havido uma mudança na direcção de resolver aqueles constrangimentos do passado.
Pelo contrário, não só nenhum daqueles constrangimentos foi resolvido, como muitos outros surgiram, o mundo não pára, mas sobretudo como consequência da ausência de uma estratégia realista e adequada, de desenvolvimento para o povo e para o país, que os sucessivos governantes prometem mas que, com uma desconcertante falta de pudor, nunca cumprem.
Todo o esforço realizado , para o enriquecimento do país , através do desenvolvimento da industria, da agricultura, do comércio e dos serviços, iniciado com os famosos Planos de Fomento dos anos 50 do século XX, e continuado, irregularmente, em alguns períodos posteriores, parece hoje condenado ao desaparecimento ou no mínimo à sua drástica redução, assumindo-se agora uma necessidade de empobrecimento, com as inevitáveis consequências na falta de empregos !...Estamos doidos ou quê ? ...
Mas será que esta estagnação ou retrocesso de resultados resultam da falta de investimento no desenvolvimento das pessoas ?
Não; ao longo de toda a nossa história de mais de 800 anos, nunca se deve ter investido tanto na formação das pessoas como nos últimos 30 anos. Milhares de milhões de euros, têm sido canalizados para os mais variados programas de formação / educação, graças ao apoio dos restantes países da União Europeia.
Só que, como sempre, pôr dinheiro em cima dos problemas não é resolvê-los e no nosso caso isto é mais que evidente.
É certo que muito do dinheiro investido na formação/ educação, dos portugueses, não resultou no desenvolvimento das pessoas, mas sim no enriquecimento ilícito de muitos dos seus agentes, conforme notícias dos órgãos de comunicação, mas também é verdade que graças a esses investimentos tem havido um aumento significativo do conhecimento e dos saberes, sobretudo nas novas gerações.
Se assim é, então porque estamos hoje, internacionalmente reconhecidos como incompetentes para nos administrarmos e a viver sob domínio estratégico de uma Troika internacional do FMI/ BCE ?
Por uma razão muito simples:
Uma coisa é o SABER outra bem diferente é o SABER FAZER ! ... e outra ainda é o QUERER FAZER !
Em Portugal, hoje, não falta gente que saiba, basta ouvir os políticos, de qualquer cor, os comentadores oficiais ou não dos programas de TV , ou assistir às intervenções nos mais variados Worshops, Seminários e Conferências, que diariamente se organizam por todo o país .
O problema, da nossa falta de resultados positivos de crescimento, geradores de emprego, riqueza e bem estar social, não está portanto na ausência de SABER , mas sim na ausência de SABER FAZER.
Acredito que haja algumas minorias, que podendo e sabendo fazer, não o fazem, simplesmente, porque não querem fazer. Os lobbies a que pertencem assim o exigem, para poderem perpetuar o seu poder e controlo sobre o que lhes interessa. Mas também acredito, que a maioria dos que sabem, não fazem correctamente, o que deviam fazer, simplesmente porque não tiveram uma prática de aprendizagem correcta e um compromisso de fazer bem feito .
OS GAP’s entre o saber e o fazer:
As pessoas aprendem, geralmente, muitos conceitos teóricos, mas não se focam nos conceitos – chave, que na verdade são poucos, e assim não chegam a praticar técnicas de síntese e execução. Não actuam no terreno. Resultado; quando vão fazer não sabem !
Como diria Dilbert: “ São promovidas para os lugares de chefia, por ser aí que menos perturbam as organizações “
A nossa sociedade é diariamente dominada pelo pensamento negativo, resultante da crise, também, mas sobretudo por modelos de educação/ formação / informação negativa e até, em muitos casos, repressiva. Obviamente que isto inibe as pessoas de libertarem o potencial positivo e criativo que existe nelas.
“ Ser apanhado a fazer coisas bem feitas estimula a auto confiança e o pensamento positivo “ ...Mas, ao invés, em Portugal faz-se um enorme esforço para apanhar as pessoas a fazerem coisas mal feitas .
É mundialmente reconhecido, há muitos anos, que o ser humano cresce melhor com uma mente positiva e aberta, o que obviamente aguça-lhe o engenho, a criatividade e origina a criação de oportunidades muito para além das expectativas. Reconhecer isto actuar em conformidade não exige mestrados nem doutoramentos !
Na nossa actividade profissional deparamos frequentemente com mentalidades, atitudes e comportamentos de pensamento negativo, o que para além dos conflitos pessoais que criam, são factores redutores da produtividade e competitividade nas empresas. Muitas destes maus hábitos resultam, também, de modelos de organização fechados, lideranças autoritárias e dirigistas, que inibem os trabalhadores de pensar de forma positiva e construtiva .
Em meados do século XX países como a Noruega e a Suécia, estavam com problemas muito semelhantes aos nossos na actualidade. Um enorme desvio / Gap, entre a democratização política e social do país e a organização das estruturas empresariais . Bom seriam que governantes, sindicatos, associações empresariais , universidades e outras instituições, portuguesas, tivessem em 2012 a capacidade de reflectir, concluir e implementar planos semelhantes aos que, iniciados na Noruega e Suécia , em 1960, com o apoio do Instituto Tavistock de Londres, se difundiram, mais ou menos por toda a Europa mas, infelizmente, sem qualquer efeito prático em Portugal, para além de algumas multinacionais, que alguns analistas gostam de referir, sem se darem ao trabalho ( porque não sabem fazer ?... ), de procurar as verdadeiras causas do sucesso e o efeito pedagógico que esses exemplos poderiam ter na nossa sociedade.
NOTA:
Nos últimos dias, no vocabulário dos políticos e seus comentadores, surgiu o conflito entre austeridade e crescimento. Caros senhores, já vai sendo tempo de saberem que o bem estar dos povos não se faz com palavras, mas com acções !
QUESTÃO:
Porque é Portugal um país económica e socialmente atrasado, no contexto dos seus parceiros europeus ? PORQUÊ ?
MINHA REFLEXÃO:
Não acredito nas histórias que tentam justificar o atraso com argumentos de latinidade, o calor do sul e outros que tais. Todos excelentes para perpetuar situações em benefício de uma elite que, por não ter como se manter na vertical, se adapta a todo e qualquer sistema, qual massa informe.
Com mais de 70 anos de vida e várias décadas de contactos com outros povos, nomeadamente Europeus e Americanos no percurso de uma carreira profissional em empresas multinacionais, temos um saber de experiencia feito que nos ensinou que quando munidos dos mesmos recursos, não temos de recear a competição. Pois nunca foram aquelas, as causas que encontrei ou me indicaram, para o nosso atraso, mas sim e quase sempre, uma enorme falta de competência ( saber fazer ), nomeadamente nas áreas da educação, técnicas e sociais.
Até Abril de 1974 tudo era justificável como uma consequência directa do sistema politico do Estado Novo ( ditadura ), em que o país vivia. Quase 40 anos depois, se é certo que muita coisa mudou, a verdade é que não se vislumbram sinais de que tenham havido uma mudança na direcção de resolver aqueles constrangimentos do passado.
Pelo contrário, não só nenhum daqueles constrangimentos foi resolvido, como muitos outros surgiram, o mundo não pára, mas sobretudo como consequência da ausência de uma estratégia realista e adequada, de desenvolvimento para o povo e para o país, que os sucessivos governantes prometem mas que, com uma desconcertante falta de pudor, nunca cumprem.
Todo o esforço realizado , para o enriquecimento do país , através do desenvolvimento da industria, da agricultura, do comércio e dos serviços, iniciado com os famosos Planos de Fomento dos anos 50 do século XX, e continuado, irregularmente, em alguns períodos posteriores, parece hoje condenado ao desaparecimento ou no mínimo à sua drástica redução, assumindo-se agora uma necessidade de empobrecimento, com as inevitáveis consequências na falta de empregos !...Estamos doidos ou quê ? ...
Mas será que esta estagnação ou retrocesso de resultados resultam da falta de investimento no desenvolvimento das pessoas ?
Não; ao longo de toda a nossa história de mais de 800 anos, nunca se deve ter investido tanto na formação das pessoas como nos últimos 30 anos. Milhares de milhões de euros, têm sido canalizados para os mais variados programas de formação / educação, graças ao apoio dos restantes países da União Europeia.
Só que, como sempre, pôr dinheiro em cima dos problemas não é resolvê-los e no nosso caso isto é mais que evidente.
É certo que muito do dinheiro investido na formação/ educação, dos portugueses, não resultou no desenvolvimento das pessoas, mas sim no enriquecimento ilícito de muitos dos seus agentes, conforme notícias dos órgãos de comunicação, mas também é verdade que graças a esses investimentos tem havido um aumento significativo do conhecimento e dos saberes, sobretudo nas novas gerações.
Se assim é, então porque estamos hoje, internacionalmente reconhecidos como incompetentes para nos administrarmos e a viver sob domínio estratégico de uma Troika internacional do FMI/ BCE ?
Por uma razão muito simples:
Uma coisa é o SABER outra bem diferente é o SABER FAZER ! ... e outra ainda é o QUERER FAZER !
Em Portugal, hoje, não falta gente que saiba, basta ouvir os políticos, de qualquer cor, os comentadores oficiais ou não dos programas de TV , ou assistir às intervenções nos mais variados Worshops, Seminários e Conferências, que diariamente se organizam por todo o país .
O problema, da nossa falta de resultados positivos de crescimento, geradores de emprego, riqueza e bem estar social, não está portanto na ausência de SABER , mas sim na ausência de SABER FAZER.
Acredito que haja algumas minorias, que podendo e sabendo fazer, não o fazem, simplesmente, porque não querem fazer. Os lobbies a que pertencem assim o exigem, para poderem perpetuar o seu poder e controlo sobre o que lhes interessa. Mas também acredito, que a maioria dos que sabem, não fazem correctamente, o que deviam fazer, simplesmente porque não tiveram uma prática de aprendizagem correcta e um compromisso de fazer bem feito .
OS GAP’s entre o saber e o fazer:
As pessoas aprendem, geralmente, muitos conceitos teóricos, mas não se focam nos conceitos – chave, que na verdade são poucos, e assim não chegam a praticar técnicas de síntese e execução. Não actuam no terreno. Resultado; quando vão fazer não sabem !
Como diria Dilbert: “ São promovidas para os lugares de chefia, por ser aí que menos perturbam as organizações “
A nossa sociedade é diariamente dominada pelo pensamento negativo, resultante da crise, também, mas sobretudo por modelos de educação/ formação / informação negativa e até, em muitos casos, repressiva. Obviamente que isto inibe as pessoas de libertarem o potencial positivo e criativo que existe nelas.
“ Ser apanhado a fazer coisas bem feitas estimula a auto confiança e o pensamento positivo “ ...Mas, ao invés, em Portugal faz-se um enorme esforço para apanhar as pessoas a fazerem coisas mal feitas .
É mundialmente reconhecido, há muitos anos, que o ser humano cresce melhor com uma mente positiva e aberta, o que obviamente aguça-lhe o engenho, a criatividade e origina a criação de oportunidades muito para além das expectativas. Reconhecer isto actuar em conformidade não exige mestrados nem doutoramentos !
Na nossa actividade profissional deparamos frequentemente com mentalidades, atitudes e comportamentos de pensamento negativo, o que para além dos conflitos pessoais que criam, são factores redutores da produtividade e competitividade nas empresas. Muitas destes maus hábitos resultam, também, de modelos de organização fechados, lideranças autoritárias e dirigistas, que inibem os trabalhadores de pensar de forma positiva e construtiva .
Em meados do século XX países como a Noruega e a Suécia, estavam com problemas muito semelhantes aos nossos na actualidade. Um enorme desvio / Gap, entre a democratização política e social do país e a organização das estruturas empresariais . Bom seriam que governantes, sindicatos, associações empresariais , universidades e outras instituições, portuguesas, tivessem em 2012 a capacidade de reflectir, concluir e implementar planos semelhantes aos que, iniciados na Noruega e Suécia , em 1960, com o apoio do Instituto Tavistock de Londres, se difundiram, mais ou menos por toda a Europa mas, infelizmente, sem qualquer efeito prático em Portugal, para além de algumas multinacionais, que alguns analistas gostam de referir, sem se darem ao trabalho ( porque não sabem fazer ?... ), de procurar as verdadeiras causas do sucesso e o efeito pedagógico que esses exemplos poderiam ter na nossa sociedade.
NOTA:
Nos últimos dias, no vocabulário dos políticos e seus comentadores, surgiu o conflito entre austeridade e crescimento. Caros senhores, já vai sendo tempo de saberem que o bem estar dos povos não se faz com palavras, mas com acções !
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